quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Se a alarvidade pagasse imposto

     Vou citar de cor duas frases que ouvi da boca de Alberto João Jardim acerca da tragédia madeirense:





“Cuidado com as dramatizações, porque a economia
madeirense depende muito do exterior.”




“Só está tecnicamente morto quem entra na morgue.”






     Não garanto a exactidão formal, mas não tenho dúvidas quanto ao conteúdo. Estas duas alarvidades não destoam, vindas de quem vem. Também não destoa o silêncio e a cumplicidade dos principais partidos portugueses.
     Centenas de tragédias pessoais são consideradas empecilhos para o turismo e os mortos são números oficiais e não cadáveres de seres humanos arrastados pela incúria de quem andou durante anos a preparar o terreno para que esta mesma tragédia acontecesse e está agora preocupado com dramatizações. Alberto João Jardim não terá vergonha nem morto.

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